quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Cores



De que cor és tu?
De que cor é o teu coração?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Tristão e Isolda




"Sentimento fundo de água, com a leveza do ar"...diz uma música brasileira...

Eis a bela e triste história de Tristão e Isolda:


" No pequeno porto irlandês de Wexford, onde Tristão e seus companheiros ancoraram, um cruel dragão aterrorizava os habitantes. Para não serem reconhecidos, disfarçaram-se de comerciantes.

O rei Gormond prometera dar a mão de sua filha Isolda em casamento ao valente cavaleiro que matasse o monstro. Tristão enfrentou a perigosa criatura e, após uma vitória difícil, cortou a língua do dragão e escondeu-a dentro de seu sapato: a prova decisiva. No caminho de volta, porém, caiu desfalecido, pois a língua do dragão continha um poderoso veneno.

Ao passar por ali, o senescal do rei Gormond deparou com o cadáver do monstro e aproveitou-se da situação. Cortou-lhe a cabeça e, após apresentá-la ao rei, pediu a mão da princesa Isolda, a qual cortejava havia muito tempo. Mas Isolda não o desejava como marido e desconfiou da trama. Assim, foi com a mãe até o local do combate, e ali encontraram Tristão desfalecido. Levaram-no para o palácio e, durante vários dias, cuidaram de seus ferimentos. Mas Isolda só o reconheceria quando, ao limpar sua espada, notou que faltava um pedaço. Desconfiada, comparou a lâmina com um pedaço de metal que, retirado do crânio de Morholt, fora guardado por ela como relíquia: as partes encaixavam-se perfeitamente. Tristão era o assassino de seu tio, mas, como só ele poderia provar a impostura do senescal, Isolda seguiu os conselhos da mãe e resolveu poupá-lo.

Ao saber que Tristão a pedia em casamento em nome do rei Marcos, Isolda mergulhou em profunda melancolia, mas decidiu acompanhá-lo. A rainha, que desejava a felicidade da filha ao lado do rei Marcos, confiou a uma criada uma poção mágica que os noivos deveriam beber juntos na noite de núpcias. Essa bebida, preparada à base de ervas, uniria o casal por um sentimento tão profundo que eles não poderiam sobreviver sequer a uma semana de separação.

No decorrer da viagem, porém, a criada serviu por engano a poção mágica a Tristão e Isolda. Daí em diante, nada mais poderia separá-los!

Tristão não ousou revelar a verdade ao tio, e o casamento de Isolda com o rei Marcos foi celebrado com pompa. Mas todos os dias Tristão encontrava-se secretamente com Isolda, num jardim, junto ao palácio ou mesmo nos aposentos da rainha. Apesar de todas as precauções, entretanto, os barões descobriram os encontros e alertaram o rei Marcos. Surpreendidos pelo marido traído, os dois amantes foram condenados sem julgamento: seriam queimados juntos.

Ao longo do caminho que levava à fogueira, comprimia-se uma multidão entristecida. Ao passar diante de uma capela construída na beirada de uma falésia, Tristão desejou rezar. Como seus guardiães haviam desamarrado suas mãos, conseguiu escapar e precipitou-se no vazio - mas salvou-se ao agarrar-se a uma pedra que sobressaía no paredão. Em seguida, pulou para a praia e fugiu. Mais adiante, seu escudeiro Gorneval esperava-o com cavalo e armas. Só então pôde libertar Isolda.

Durante três anos, viveram escondidos na floresta. Tristão fez um arco, com o qual nunca perdia a presa, e Gorneval construiu uma cabana de galhos e troncos. Certo dia, um cachorro juntou-se a eles - era Husdent, que reencontrava seu dono, Tristão. Husdent aprendeu a caçar sem latir, para não denunciar sua presença.

Um dia, o rei Marcos descobriu o esconderijo e encontrou Tristão e Isolda adormecidos, abrigados no simplório casebre. Sentiu pena daqueles corpos tão magros, que os andrajos mal escondiam. Anunciou então que estava disposto a receber Isolda de volta na corte. Mas Tristão deveria partir para bem longe.

A poção mágica já perdera o efeito fazia muito tempo, mas Tristão e Isolda continuavam amando-se. Assim, após a partida de Isolda, o cavaleiro tentou permanecer a seu lado, mas os espiões do rei estavam sempre em seu encalço. Por isso, ele teve de embarcar para a Armórica.

Na pequena Bretanha, Tristão colocou-se a serviço do rei Hoel, tornando-se amigo de seu filho, o cavaleiro Kaherdin. Com o passar do tempo, Tristão pensou que poderia esquecer Isolda casando-se com outra mulher. Desposou a irmã de Kaherdin, que também se chamava Isolda e era conhecida como Isolda das Brancas Mãos. Mas a lembrança da loura Isolda jamais abandonou Tristão, o que não escapou aos olhos da esposa e do cunhado.

Um dia, Tristão foi gravemente ferido pelo anão Beladis, cuja mulher Kaherdin cortejava secretamente. Pediu então ao cunhado que fosse à Cornualha buscar Isolda, a loura, pois só ela poderia salvá-lo.

Ansioso pela chegada do navio, todos os dias Tristão pedia que o levassem até a praia. Ficara combinado que Kaherdin içaria uma vela branca se Isolda estivesse a bordo e uma vela preta em caso contrário.

Mas Isolda das Brancas Mãos surpreendera a conversa e, louca de ciúmes, enganou Tristão. Quando o navio surgiu no horizonte, Tristão já estava enfraquecido demais para enxergar, e a esposa disse-lhe que uma vela negra fora içada. Tristão pensou que sua amada o abandonara e morreu de infelicidade. Ao chegar, Isolda, a loura, viu o corpo de Tristão estendido na praia, não resistiu e caiu morta junto ao amado.

Os dois foram enterrados lado a lado. O rei Marcos ordenou que se plantasse uma roseira selvagem no túmulo de Isolda e uma videira no de Tristão. Ao crescer, as duas plantas enrolaram-se uma na outra, como se quisessem ensinar aos homens que o amor: é mais poderoso que a morte. "

( retirado de edukbr-lendas e mitos)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Magnólia

...que saudades dos teus tons de rosa
tecidos a raios de sol
onde a Primavera poisa



terça-feira, 12 de janeiro de 2010



...se eu voar, onde me levarão as asas?
Se eu souber, que saberei eu?
Se eu fôr...para onde irei?





...deixa-me ser a estrela que quero ser.
Deixa-me ser assim.
Deixa-me ser imperfeita
inquieta
indignada.

Deixa-me ser quem sou.
Por trás das gotas de chuva,
deixa-me ser assim.
Imperfeita
inacabada.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Sonho em mim

Sonho em mim


Este selo foi-me oferecido pelo blogue cujo link se encontra em cima da imagem e,orgulhosamente, exibo-o. Orgulhosa a tardiamente, alías, que ele diz ser preguiçoso para esta coisa dos selos, mas eu provei que sou mais, pois demorei 4 dias a publicar....

Sonhador, o meu sonho é absolutamente utópico e soa a concurso de Miss Universo, mas aqui vai: sonho que a minha filha possa crescer num mundo desprovido de máscaras, onde cada ser humano é leal para com os outros com quem se relaciona.

Vou passar aos seguintes blogues:
Lusibero
Infinito Particular
Um fio de silêncio
Casa Claridade
As palavras que nunca direi

(claro que deixo de fora outros tantos que o mereciam, mas não vou quebrar a regra).
Vou transcrever as regras do Sonhador, ipsis verbis, retiradas do blogue cujo link se encontra lá em cima (só para lembrar...) e no qual deverão colocar qual é o vosso sonho (não vale publicar só no vosso, certo?):

As regras que o acompanham são as seguintes:

1. Publicar a imagem do selo, as regras e colocar o link de quem passou .



2. Enumerar 1 sonho que ainda espera alcançar, e confidenciá-lo aqui http://sonhoemmim.blogspot.com/ ( neste post em forma de comentário)
A ideia é partilhar esse sonho de forma criativa para que possa reunir todos e apurar o sonho vencedor.



3. Passe a 5 blogues que considere blogues de sonho e avisá-los do prémio mencionando as regras, não esquecendo que devem partilhar o sonho aqui neste post como comentário, porque no final quem sabe se haverá alguma surpresa, para o sonho mais surrealista, ou surpreendente!

E agora...é participar!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Cidade




(Fotos pessoais)

Hoje foi mais um dia. Feito de sorrisos, ardendo em febre de vontades por cumprir, sonhos por realizar, e emoção pelo caminho percorrido.
Brindado pelo ar frio de Inverno à beira-rio...
Em cada ângulo, a oportunidade de uma bela foto.
A cidade está ali. Silenciosa, serenamente cúmplice, sobranceira, altaneira e bela. Os fantasmas da sua história rendem-se ao pôr-do-sol. Deixam marcas da sua passagem nas estórias que se adivinham nas palavras escritas nas paredes; nos sinais de presenças antigas; nas palavras dos letreiros velhos; nas palavras faladas de boca em boca; nos cabelos tingidos de cinza de quem passou e deseja voltar; nas ruas vazias, mas cheias de memórias antigas...
Laivos de côr enchem o céu ao entardecer. Está frio. Frio azul e branco, concreto, quase palpável. Dizem que será frio, o mês de Janeiro. Seja, então. Seja frio para rostos e corpos agasalhados, que a solidão já é fria quanto baste para quem foi desprotegido pelas resoluções de Ano Novo, de anos anteriores. Os corpos sem nome que se arrastam pelas ruas velhas da cidade têm frio, mas também têm nome e alma, e histórias por contar. Querem ouvir?...
Venha o frio, pois, mas tingido de sol e mãos abertas à presença dos Outros. Os Outros, para eles, somos nós, agasalhados, acompanhados, de mão dada com quem nos é querido.
E a cidade...pois....a cidade.Bela e orgulhosa, deixa-se abraçar. Sob a ponte, o rio. Correm águas velozes. O rio vai cheio. Em redor da cidade, os campos inundam-se.
Pessoas. Em grupo, sorridentes, a esperança estampada no rosto. Oxalá que sim...que tudo corra bem. Entre alegrias e tristezas,seja o balanço, no final do ano,positivo. Que as memórias nos sustentem e sejam memórias de coisas belas. Que fiquem, em cada pedra da calçada, as mágoas. Em cada laivo de côr, uma lembrança feliz. Em cada gota do rio, uma história para contar, feita de sorrisos cúmplices e de presenças. Afinal, é isso que importa. Não estarmos sós. Termos a quente presença da família e amigos ao nosso lado.
Brindemos, pois.
Que as ruas da cidade ecoem, também, os nossos risos.