segunda-feira, 6 de novembro de 2017





eis o despertar dos corpos
na improbabilidade de ser água

eis as manhãs raras, onde 
as luzes anunciam as mãos
que, todavia, se apartam 
dos braços e antecipam 
madrugadas de raiva e suor


eis as mãos onde as águas
despertam as lágrimas ocultas

eis,finalmente, a dor, 
que se prolonga onde as manhãs
de chuva nos devolvem ao mar.

Susana Duarte



Sem comentários:

Enviar um comentário